Pedro Lago
Membro do Secretariado da
Festa do Avante!

<font color=0093dd>A Festa do Avante!</font>

A Festa do Avante! é Festa de Abril, do povo e da Juventude e tem-se consolidado como a maior e a mais importante realização político-cultural e de massas do nosso País.

Em cada ano nasce uma nova Festa mais cuidada, com mais qualidade, renovada, mostrando as lutas, o artesanato, a gastronomia, a realidade de cada Região, e comum a todos os espaços a fraternidade, a camaradagem, a solidariedade que sentimos e vivemos na Festa mostrando o Partido.

Todo o colectivo partidário se orgulha da sua construção e participação desde o momento em que a iniciamos com um simples traço, transformando-se em projecto, passando ao terreno, onde os tubos vão crescendo e entrelaçando-se bem firmes, depois a madeira e finalmente a decoração, com pinturas que por vezes são obras de arte que enriquecem, embelezam e dão colorido à nossa Festa.

Transmitindo luta, realidades locais, formas de expressão artística, levando cada visitante a percorrer o País sem sair da Atalaia. Sentindo os cheiros, os sabores e as cores de cada Região e o modo como os comunistas transportam e fazem reflectir na Festa a luta e as propostas para a ruptura com a política de direita e por uma política patriótica e de esquerda.

A sua concepção e construção vai muito para além do Partido, pois envolve muitos militantes do Partido e da JCP e conta com uma grande participação de amigos e simpatizantes.

O melhor do que se realiza na cultura do nosso País passa na nossa Festa, nos espectáculos de grande qualidade, no Avanteatro, no CineAvante, no Espaço Ciência, nas Artes e no Desporto. No Pavilhão Central reflectem-se as lutas e as propostas do Partido e no Espaço Internacional a solidariedade internacionalista. A alegria, força combativa e entusiasmo da Juventude também estão presentes na nossa Festa, pela sua grande e generosa participação. Na construção, na Cidade da Juventude e na Festa em geral. Por isso a Festa do Avante! também é a Festa da Juventude.

A necessidade de dar resposta a novas exigências e desafios, criar melhores condições para receber os visitantes da Festa, a introdução de melhorias no terreno são algumas das nossas principais preocupações. As infra-estruturas, os acampamentos, a plantação de mais árvores e arbustos, o aumento de zonas de estar e sombras, são algumas das intervenções que iniciámos e que terão continuidade.

A permanente inovação e melhoria do terreno da Festa e criação de novos pólos de interesse exigem permanente criatividade, que com muita imaginação e a força do trabalho colectivo vai criando condições para que em cada ano ela se renove e melhore.

Já demos início à construção da 37.ª edição da nossa Festa que terá como ponto alto a comemoração do centenário do camarada Álvaro Cunhal. Vamos realizá-la em ano de eleições autárquicas e com um cenário de luta mais intensa contra a política de desastre nacional do Governo e das troikas e por uma alternativa patriótica e de esquerda. O que redobra a nossa responsabilidade na sua planificação e preparação antecipada, mantendo os mesmos níveis de qualidade e sempre mais bonita do que a anterior.

Iniciamos a Festa muitos meses antes, num trabalho de retaguarda que muitas vezes não se vê, e que culmina na implantação com milhares de camaradas e amigos a participarem nas jornadas de trabalho.

Ao mesmo tempo é importante a sua divulgação e a distribuição antecipada da EP, para além do acompanhamento da sua venda, contribuindo para o êxito da Festa.

«Não há Festa como esta» não é uma simples frase identificativa da nossa Festa mas sim a forma de ser, estar e sentir a Festa do Avante!, por corresponder a uma realidade sentida e vivida muito para além do nosso Partido.

Festa que só é possível pela natureza de classe do nosso Partido, pelo empenhamento e esforço abnegado do colectivo partidário.

Também ela fruto de Abril, da construção da democracia e que projecta os valores de Abril no futuro de Portugal.

Mas, camaradas, como alguém já afirmou, e cito, «A melhor Festa é sempre a próxima!».

Intervenção proferida no XIX Congresso do PCP, realizado em Almada de 30 de Novembro a 2 de Dezembro



Mais artigos de: Temas

O itinerário do défice <br>da nossa balança comercial de bens

A crise, para uns, é fruto da (des)regularização, dos excessos do mercado e da falha por parte dos bancos centrais de controle do sistema financeiro. Para outros, a crise emana da falta de ética de uns poucos, na convicção de que a ganância é um dos sete pecados mortais. Para outros, ainda, o mal dos males advém da globalização que, de tão perniciosa, só é comparável à Peste Negra que assolou a Europa na Idade Média. Para todos estes não é o conhecimento real do efeito predador do capitalismo, a sua irracionalidade e a sua essência anti-social que estão em causa, mas, apenas, alguns desvios meramente comportamentais de uns tantos bons rapazes.

<font color=0093dd>Sobre a Emigração</font>

As consequências da grave situação económica e o exponencial aumento do desemprego em Portugal têm como uma das suas consequências a alteração dos fluxos migratórios no nosso País. São cada vez mais os portugueses,...

<font color=0093dd>O socialismo não se discute</font>

O processo de transformações que está a decorrer em Cuba tem o apoio da maioria esmagadora da população. Tudo o que foi aprovado no VI Congresso do Partido Comunista de Cuba foi previamente discutido por milhões de cubanos nas fábricas, nas escolas, nos núcleos do...

<font color=0093dd>O nosso desafio é a luta de massas</font>

A Bélgica, como toda a Europa, está confrontada com a crise. Os seus efeitos começam agora a sentir-se com maior gravidade, talvez com algum atraso em relação aos países do Sul da Europa. O país está em recessão. Após o primeiro plano de austeridade,...